Hoje eu vou contar uma
das experiências mais especiais da minha vida. Todas as palavras que eu puder
escrever ainda não serão capazes de traduzir algo que é simplesmente
intraduzível. Ver o nascimento da minha filha foi maravilhoso. Eu já senti frio
na barriga outras vezes, mas nenhuma como o que senti na espera do parto. Já
espera um horário marcado com tanta euforia e ansiedade, mas nunca como esperei
o horário do parto da minha filha.
Ficamos na espera com
a madrinha da neném e também com a nonna (denominação
de uma das avós – isso eu explico certinho num outro post). Como a mamãe da
Clara tinha que cumprir jejum completo, até de água, desde cedo, eu também
evitei comer ou beber perto dela, para ajudar na empreitada. Então minhas idas
ao corredor para molhar a boca que secava foram frequentes.
Eis que então alguém
entrou no quarto. Era a enfermeira que ia iniciar os nossos preparativos.
Primeiro, levou a mamãe para o centro cirúrgico, para ser preparada por lá. E o
papai? Fui levado a uma outra sala de espera, onde fui gentilmente convidado a
mudar minhas roupas para aquelas verdinhas, tradicionais de hospital. Nessa
identificação clara de pai de bebê e com cara e muitas novidades, fica fácil de
ser reconhecido. Na mesma sala encontrei um outro pai de primeira viagem,
também de uma menina (diga-se de passagem, neste dia, próximo ao nosso parto,
nasceram 6 meninas e 1 menino – o futuro será governado por elas). Já começamos
a conversar e compartilhar as expectativas.
Quando finalmente
chegou minha vez de ir para o centro cirúrgico, o coração disparou, subiu até
na garganta e em seguida voltou pro lugar. Quando cheguei, a Jo já estava
preparada. Então segurei na mão dela e acompanhei tudo, com orientação dos
médicos. Desde os primeiros cortes até os últimos. Impressionante! Não passei
mal e ainda achei lindo – coisa estranha. Mas o momento mais lindo foi quando,
depois de um empurra por cima e um puxa por baixo, apareceu a minha menina. Não
dá pra dizer o sentimento deste momento tão especial.
O parto foi rápido e as duas passam bem. Até breve!
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