sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ser pai muda tudo


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Nos meus poucos dias de pai – digo, pai com bebê no colo – muitas pessoas me perguntam sobre como é ser pai. Sobre o que muda com essa tal paternidade. Ao mesmo tempo que sou o mesmo, agora sou totalmente novo. Sou outro, sou pai. Eu nem pensava que isso pudesse significar tanta mudança, apesar de ter ouvido muito isso.

Eu me preparei bastante para a chegada da minha filha. E sempre me vi como pai, cuidando de um bebê. Mas passar pela experiência é quase indescritível. De uma hora para outra me vejo largando o espelho, meu companheiro de tanto tempo, com cabelos esparramados mesmo, para acolher o chorinho da minha filha. E comer? Isso não é mais prioridade! Quantas vezes já me peguei deixando a comida que acabei de colocar no prato, depois de estar com bastante fome, para ver a razão de um choro, uma gemida...

Outro dia, até na rua me peguei pensando diferente. Antes de atravessar a rua esperei cautelosamente – não que eu não fosse cauteloso antes, mas dessa vez fui ainda mais. E então quando atravessei me sentindo seguro, pensei: “É, se cuide para chegar em casa para sua bebê e sua esposa que te esperam lá”. Estranho. Ser pai faz com que ao mesmo tempo que a bebê seja uma prioridade, eu cuide muito bem de mim mesmo.

Entre outras mudanças, agora ando cheirando bebê. Trocas de fraldas, banhos e tempo no colo, tudo isso deixa o famoso “cheirinho de bebê” impregnado na roupa ou na pele. Tem coisa melhor? Ser pai muda tudo!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Os primeiros dias em casa




Na hora de sair da maternidade dá um frio na barriga. Na maternidade tem sempre alguém do lado de fora do quarto pronto para nos atender. Tirar dúvidas e ensinar algo que ainda não sabemos. Lá eu aprendi como dar banho na neném e também como trocar as fraldas. Na hora de ir embora, com o presentinho nos braços, que medo!
Já começa na hora de prender o bebê conforto no carro (claro que eu não aceitei sair sem esse item de segurança, mesmo que a lei não o exija para táxis. Imagine se eu teria coragem de deixar a Clara desprotegida). Esse é um momento bem complexo, passa cinto por aqui, passa outro pedaço por ali... coloca o bebê, prende... dá uma testadinha e pronto. Vamos embora!
Chegamos em casa! E agora? E se ela chorar demais? E se não conseguir mamar? E se tiver dores? São muitas dúvidas. Na primeira noite em casa a Clara dormiu muito bem. Quem não dormiu fui eu e a mamãe. A cada suspiro estava de olho arregalado. Já na segunda noite eu estava pronto para dormir, com alguns medos e inseguranças já superados e aí foi a vez dela ficar de olhos bem abertos.
Aos poucos tudo vai entrando na rotina, acordar, mamar, trocar fraldas, dar banho... tudo passa a ser uma atividade muito agradável. Até ficar acordado durante quase toda noite, apesar das dores nos dias seguintes... O mais interessante é que a cada cosia que se faz, tudo fica mais fácil. No dia seguinte eu já estava recebendo elogios da minha sogra sobre o meu “jeito com bebês”. Isso é bom! Parece que nasceu um paizão, hein! Assim espero.